domingo, 24 de agosto de 2014

Original Script: Rosegarden

Boa noite pessoal!

Era para eu ter postado ontem, as me esqueci por completo.

Como o titulo sugere, não é uma fanfic. Let's Go




Titulo: Rose Garden
Original
Gênero: Mistério, Suspense, Terror
Rated: M
Sinopse: De repente uma herança de um parente que nem conhecia caiu sobre a sua cabeça. Obrigado a viver numa cidade desconhecia com um nome muito atraente. Rose Garden, mas a pergunta que não queria calar era: De onde veio essa herança relâmpago afinal? 


Rosegarden

Desci no aeroporto e peguei um taxi, a cidade era muito esquisita, conforme nós nos afastávamos do aeroporto, eu me sentias como se estivesse voltando ao tempo, surpreso, porém encantado com aquilo, decidi abrir a janela para ver melhor a paisagem que se desenvolvia a minha frente, a arquitetura moderna e sofisticada ia se perdendo e dando espaço a um cenário digno dos romances de Shakespear. As casa com sua arquitetura antiga, portavam algumas trepadeiras em sua parede, e uma sacada no segundo andar, as portas eram de madeira com uma portinhola, e os vidros das janelas, vez ou outra eram coloridas, não havia calçadas, e a estrada não era de asfalto e sim de pedras meticulosamente colocada.
Pude perceber que o único automóvel que circulava naquelas ruas era o táxi onde eu estava, o restante eram carruagens, ou carroças, todas puxados por animais. Várias pessoas circulavam naquele horário, as roupas lembravam as que eram usadas no século dezoito, as mulheres vestiam longos vestidos rodados com reandas, provavelmente havia algum saiote para dar aquele volume.
Passamos por uma pequena praça muito bem arborizada, e acima de uma escadaria havia uma igreja, sua frente era decorada por um pequeno jardim de rosas, as roseiras, pelo que pude ver daquela distancia, eram muito bem cuidadas, e possuíam belas flores, tão vermelhas quanto sangue, estas por sua vez, ao serem tocadas pelo vento exalavam sua suave fragrância no ar.
Nos afastamos do centro da cidade e entramos num pequeno bosque, que era cortado por um estreita estrada, o caminho era assustador e podia perfeitamente ver a sombra de alguns monumentos ali, porém não sei dizer o que era, pois havia uma densa neblina no local, o que ajudava  mais ainda a minha mente formular possíveis contos de terror ali.
Finalmente cheguei ao meu destino, pude ver que o lugar parecia meio abandonado, o que fez um arrepio correr pela minha espinha, respirei fundo para tentar impedir que meus pensamentos me levassem a um caminho que sempre terminaria em morte, o que não surtil efeito, logo eu imaginava um conto de terror, que em fazia ter vontade de fugir dali.
Me pus para fora do taxi, junto com minhas malas, e comecei a encarar o portão de ferro enferrujado, eu estava com medo, mas não tinha mais para onde ir, quando dei por mim, o taxista já não estava mais lá, fato que eu estranhei, pois não tinha agradecido e muito menos pagado ele. Um pouco de sorte talvez, assim como essa herança que apareceu do nada, vinda de um parente que eu ao menos conhecia.
Abri os pontões e adentrei naquele território, havia arvores secas ali, e um jardim de rosas, que por falta de cuidado havia crescido demais, e um chafariz muito peculiar, com uma figura que não sei dizer o que era, mordi o lábio inferior e caminhei em direção da única construção daquele lugar, a casa. Ela tinha três andares, e era grande, lembrava muito uma igreja, havia uma janela redonda com vidros coloridos, porém trincados, a parede tinha bolor, e não era pintada. O que dava um ar sombrio a ela.
Minha mente novamente trilhando caminhos nada agradáveis, e eu sentia como se alguém estivesse me olhando, provavelmente fruto da minha imaginação. Respirei fundo e entrei na casa, o local estava coberto de poeira e teias de aranhas, ia dar um trabalhão limpar tudo aquilo. Achei um interruptor e tentei ver se havia energia elétrica, que para minha surpresa ainda tinha. Agora com o local iluminado não era mais tão assustador.
A sala de estar era ampla, tinha uma lareira no canto direito perto da janela, uma estante alta, cheia de livros, o restante das coisas, pelo que eu deduzi, estavam cobertas por panos brancos, fato que eu ignorei, iria dar um jeito naquilo depois. Subi as escadas à procura de um quarto, entrando no primeiro que vi. Pela janela pude ver a casa se situava num morro e de lá dava para ver a cidade, ela era pequena, mas agora olhando de cima, parecia que ela tinha parado no tempo.
Sai da janela dando uma boa olhada no quarto, tinha uma imensa cama de casal ali, um guarda roupa, uma escrivaninha e um abajur, como se a pessoa que o habitava antes de mim não gostasse de luxo, havia uma outra porta, curioso do jeito que sou, caminhei até ela, e a abri, vendo ali um banheiro, havia um enorme espelho, um vaso sanitário uma pia, e um box. Não resistindo, entrei e fui em direção do chuveiro, o ligando. Era engraçado como tudo ali ainda funcionava, por mais que a casa tivesse um ar abandonado.
Rapidamente corri ao quarto pegando uma toalha e uma muda de roupas e voltei ao banheiro, me despi para poder me banhar, pois o sol já não estava no céu, dando espaço para a lua cheia e as estrelas brilharem. Aquele com certeza foi um dos banhos mais agradáveis que eu já havia tomado, enrolei a toalha na cintura, e quando eu passava na frente do espelho, pude notar que ele estava trincado. Estranhei, afinal ele estava inteiro quando eu entrei pela primeira vez.
Me enxuguei rapidamente coloquei a roupa que eu havia separado,  se aquele lugar já me dava medo quando cheguei ali, agora ele me aterrorizava. No quarto pude ouvir gritos, olhei pela janela, os gritos vinham da cidade, uma das casas pegava fogo, enquanto algumas pessoas corriam sendo perseguida por algo que não consegui definir bem.
  Desci as escadas as pressas, e sai do local, em frente ao portão da minha casa havia uma garotinha, vestia um vestido verde claro, os cabelos eram loiros com alguns cachos, havia duas fitas da mesma cor do vestido uma em cada lado da cabeça, seus olhos eram de um tom azul céu, o rosto meio arredondado, típico de crianças. Ela caminhou em minha direção calmamente, não parecia amedrontada.
-Eles estão bravos porque você está aqui. – Sua voz era calma e harmoniosa. – Você invadiu o lugar deles, você roubou aquilo que eles mais queriam. – Disse seus olhos não demonstravam nenhum sentimento. – Venha comigo. – Ela segurou minha mão e passou a me puxar, seguindo bosque adentro.
Eu estava assustado, meu corpo tremia, porem não conseguia simplesmente parar de andar e dizer que eu não iria acompanhá-la, era como se minhas pernas estivessem vida própria, por mais que eu tentasse parar eu não parava.
- Você é o causador de tudo isso então terá que pagar por isso! – Ela me olhou, seus olhos num vermelho sangue, a aparência angelical se tornando em demoníaca, cai sentado devido o susto e me rastejei para trás. – Morra! Pague com seu sangue! – A voz da garotinha havia mudado, ela parecia um demônio vindo em minha direção.
Me apoiei em algo para levantar, logo percebi que aqueles monumentos que eu havia visto mais cedo eram sepulturas, assustado com aquilo me pus a correr em direção da cidade, chegando lá, bati na primeira porta que vi, sendo atendido por um zumbi, assustado corri sem direção pelas ruas daquela cidade.
Quando dei por mim estava em frente a igreja, ao lado do jardim de rosas, olhei assustados para elas, agora olhando de perto seu vermelho era realmente semelhante ao vermelho de sangue, como podia ser tão belas numa cidade como aquela.
- Por causa do sangue que as rega. – Olhei para trás, uma garotinha de olhos vermelhos, os cabelos em um azul clarinho e um vestido preto. – Ronald Emer. – Me surpreendi como ela sabia meu nome? – É muito engraçado como o destino sempre nos coloca frente a frente. Senhor exterminador de bruxas, Ronald Emer. – Ela disse pausadamente, sua voz demonstrando ódio e rancor.
- Não sou um caçador de bruxas! – Disse em minha defesa e ela riu.
- É impressionante, por mais que os anos passem você continua igual! O mesmo ar de desentendido. Sabia que por sua causa essa cidade, Rosegarden se tornou uma cidade zumbi? Por sua causa ela sofre. – Eu olhei assustado para ela, olhei para os lados e diversas pessoas vinham em nossa direção, todas zumbis.
O medo se apossou de meu ser, sabia que se eu ficasse ali eu seria morto e se eu fugisse também seria, não sabia qual era a melhor escolha, morrer devorado por zumbis ou ficar e morrer por aquela criatura em minha frente
- A muito tempo atrás uma garotinha chamada Isabel Darvish viu sua mãe ser morta na fogueira por ser uma bruxa, o nome de quem a capturou era Ronald Emer. Que é você. – O sorriso sádico dela me assustou. – Em troca disso, Isabel Darvish o amaldiçoou e a maldição era, que ele morresse todas as vezes  em suas mãos. – Ela veio em minha direção, eu ainda estava perplexo, uma dor fina se instalou em meu abdômen.
Cai de joelhos, enquanto ouvia sua sarcástica risada, toquei o punhal afincado ali, o cheio das rosas foi dando espaço para o cheiro enjoativo de sangue, ao longe eu consegui ver as chamas da casa que pegava fogo, enquanto meus olhos se fechavam lentamente, o, meu corpo pendeu para frente, o ar foi ficando rarefeito, e as ultimas coisas que ouvi foi a risada sarcástica dela, e o barulho do fogo que queimava as casas.
Notas do autor: Foi um trabalho escolar, eu tava no terceiro ano eu acho, e o tema foi dado pela minha professora de português. Um detalhe, era para escrever em primeira pessoa por isso está escrito dessa forma.
Primeiro Original que posto aqui e uma One Shot ainda...

Me digam o que acharam

Kissus
Se cuidem
KazuHime

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